2.03.2008


Há momentos em que as páginas do diário se soltam e saem vagando sozinhas
com o vento. Assim os segredos se revelam. A verdade sobre a sua fragilidade
estava nas entrelinhas da memória, no museu dos seus dias, nas letras do seu
passado. Agora todo mundo saberia. E que mal nisso havia? Quem mal sabia era a
dona da história: as palavras estavam numa língua que só ela conhecia. E assim
será até o dia em que ela cansar de falar sozinha.

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